13 de junho de 2011

Vacinas salvariam 6,4 milhões

Milhões de vidas de crianças e bilhões de dólares poderiam ser poupados se houvesse maior disponibilidade de vacinas em 72 dos países mais pobres do mundo, revelou uma série de estudos divulgados nos periódicos Health Affairs e The Lancet

Cientistas e especialistas em saúde pública projetaram que, se 90% das crianças nesses países fossem imunizadas, seria possível poupar mais de US$ 151 bilhões em dez anos em tratamentos médicos e produtividade perdida que seriam evitados, rendendo benefícios econômicos de US$ 231 bilhões. E cerca de 6,4 milhões de vidas poderiam ser salvas, segundo os estudos.

Mas um estudo feito pela Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi) e o Instituto de Resultados para o Desenvolvimento concluiu que os países pobres têm dificuldades em pagar por programas de vacinação sem a ajuda de doadores externos.

A vacinação é vista por muitos como uma das melhores opções para a saúde pública em países em desenvolvimento, porque pode proteger vidas produtivas e reduzir os custos de tratamentos e atendimento médico.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a erradicação da varíola, ao custo único de cerca de US$ 100 milhões, poupou ao mundo cerca de US$ 1,35 bilhão por ano desde que foi realizada, em 1979. "A ideia é simples: vacinas salvam vidas, previnem sofrimento e geram riqueza", escreveu no The Lancet o professor de pediatria Richard Moxon, da Universidade Oxford.

A vacinação infantil contra doenças como pneumonia pneumocócica, Haemophilus influenza tipo B, ou doença Hib, difteria, coqueluche, tétano, sarampo e rotavírus é feita rotineiramente nos países mais ricos, mas muitos países pobres têm pouco ou nenhum acesso a essas vacinas.

A Gavi, que financia programas de aquisição de vacinas ao atacado para países que não têm como arcar com os preços ocidentais, vai promover em Londres na próxima semana uma conferência de doadores, com o intuito de fechar um buraco de US$ 3,7 bilhões de financiamento em seus compromissos até 2015.

Várias empresas farmacêuticas grandes, incluindo GlaxoSmithKline, Merck, Crucell, da Johnson & Johnson's, e Sanofi Pasteur, da Sanofi-Aventis, se ofereceram esta semana a reduzir os preços de algumas de suas vacinas para os países em desenvolvimento, para tentar manter a oferta de vacinas por meio da Gavi.

E o governo britânico lançou um plano de donativos de 50 milhões de libras (US$ 82 milhões) para reforçar os recursos da Gavi. "Sem a ajuda importante de doadores internacionais, os países mais pobres terão dificuldade em arcar com os custos para levar vacinas que salvam vidas a todas suas crianças", disse Helen Saxenian, do Instituto de Resultados para o Desenvolvimento, em Washington.

A série da Health Affairs foi financiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, um fundo de US$ 34 bilhões dedicado principalmente a projetos de saúde em países pobres. Gates também é um financiador importante da Gavi.

A Gavi diz que já preveniu mais de 5 milhões de mortes de crianças nos últimos dez anos e que vai prevenir outras 4 milhões até 2015, com os recursos necessários, através de programas de imunização que chegam a mais de 240 milhões de crianças.

Em seu artigo no The Lancet, Moxon e seus colegas argumentaram que, à medida que os países em desenvolvimento começam a ter condições para isso, eles devem contribuir mais para a saúde de suas populações, incluindo a imunização.

"A maioria dos países em desenvolvimento não prioriza a saúde suficientemente em seus orçamentos. Eles precisam ser persuadidos a assumir uma parte maior do ônus", escreveram os cientistas.

Espanha anuncia prisão de piratas da Internet

A polícia da Espanha anunciou a desarticulação da cúpula do grupo de hackers "Anonymous" com a prisão de três de seus líderes. Um deles tinha em sua casa um servidor com o qual coordenava e executava ataques contra sites de todo o mundo. Entre os alvos estavam os portais dos governos do Egito, Argélia, Líbia, Irã, Chile, Colômbia e Nova Zelândia, assim como páginas de empresas, informou o Ministério do Interior espanhol.

A organização de hackers é estruturada em grupos independentes que, no momento programado, lançam milhares de ataques de negação de serviço para derrubar servidores. Em algumas casos, os ataques acontecem por meio de computadores "zumbis" infectados

A Brigada de Investigação Tecnológica (BIT) da polícia espanhola vinha analisando desde outubro de 2010 mais de 2 milhões de linhas de registro de chats e sites utilizados pela organização, até encontrar e deter sua cúpula na Espanha, que tinha capacidade para tomar decisões e dirigir os ataques. As prisões dos três líderes do "Anonymous" aconteceram nas cidades de Barcelona, Valência e Almería.

Hackers do grupo Anonymous ficaram conhecidos mundialmente em dezembro de 2010 quando atacaram a rede de computadores das empresas de cartões de crédito MasterCard e Visa, em retaliação ao bloqueio de doações para o site WikiLeaks. Os sites das empresas estavam entre os vários atacados pelo grupo, que ameaçou punir as organizações que deixassem de prestar serviços ao WikiLeaks - centro de polêmica após divulgar documentos da diplomacia dos EUA.

Em seu perfil no Twitter, a polícia espanhola revelou que o grupo perpetrou em 18 de maio um ataque contra a Junta Eleitoral Central da Espanha. Conforme a polícia, o grupo também atacou os sites da polícia da região da Catalunha (Mossos d'Esquadra) e do sindicato espanhol União Geral de Trabalhadores (UGT), assim como os portais da PlayStation e dos bancos BBVA e Bankia.

Especialista em segurança minimiza prisões

Altieres Rohr, especialista em segurança de computadores, criador e editor do site  Linha Defensiva, já escreveu que não vê muito sentido prático nas ações de repressão policial - o que incluia prisões de possíveis líderes - do grupo Anonymou. E tem uma teoria, baseada em fatos reais, que parece bem consistente. O suficiente para não deixar nenhuma grande empresa ou rede de computadores tranquilos com as prisões anunciadas pela Espanha.

O Anonymous surgiu de uma brincadeira do fórum de internet 4chan onde todas as pessoas que postam são obrigadas a postar anonimamente - daí "Anonymous", em inglês. Já que todas as pessoas ali eram "Anonymous", certa sensação de "coletividade" surgiu em seus participantes, que entenderam todos ser um único indivíduo: o tal Anonymous que "posta" todo o conteúdo do site.

Quando algumas pessoas passaram a realizar todo tipo de atividade na internet - como bullying, roubo de contas ou ataques de negação de serviço - que derrubam sites na internet - era sempre o "anonymous" que aparecia no 4chan para relatar o ocorrido, como se tudo fosse do mesmo grupo ou da mesma pessoa.

Algumas pessoas organizaram salas de bate-papo no qual membros do 4chan que participavam dessa brincadeira podiam se comunicar para melhor organizar ações em grupo. As mais notáveis foram os protestos contra a Igreja da Cientologia em 2008, iniciados depois de uma polêmica entrevista do ator Tom Cruise.

Apesar dos protestos físicos e pela internet, nada mudou na Igreja da Cientologia. Porém, outros protestos seguiram, desde o ano passado, com a história do Wikileaks e empresas relacionadas como a HBGary Federal.

No caso da Sony, manifestações foram iniciadas para tirar a rede PSN do ar como represália às ações judiciais contra o hacker Geohot, que havia feito um software de "jailbreak" do PS3 para rodar jogos caseiros. A ação não foi popular entre os gamers, nem surtiu efeito, e foi eventualmente cancelada. Depois ocorreu a invasão.

O Anonymous faz parte do "submundo" da internet, mas é o único grupo a não ter qualquer tipo de regra, causa ou lista de membros fixa. É um rótulo que qualquer pessoa pode adotar para qualquer fim. Não é possível manchar a imagem do Anonymous porque, sem membros e sem ideologia e sem causas, não há imagem para ser manchada. O histórico do "grupo" nada a tem a ver com seu futuro - conforme o rótulo ganha popularidade, aumentam as chances de pessoas sem relação com as primeiras "brincadeiras" usarem o rótulo para qualquer fim.

Um policial investigando a invasão na PSN não verá nenhuma utilidade na informação de que "foi feito pelo Anonymous". São milhares de pessoas que nem se conhecem, muitas delas nunca conversaram, e há dezenas de salas de bate-papos em que "subgrupos" se reúnem. Essa informação de nada vale.

É preciso que se pare de discutir se o "Anonymous" está envolvido. Um rótulo que não é um grupo e não pode policiar seus membros - na verdade, que nem sabe quem eles são - de nada vale. O Anonymous não pode prestar explicações. "Anonymous" não explica nada. Fica no ar a pergunta de quais foram os indivíduos responsáveis - e isso ninguém sabe.

Ter uma falsa sensação de "caso solucionado" com a explicação "o anonymous que fez" só vai servir para distrair quem ainda não entendeu que todas as pessoas são Anonymous, mas também que ninguém é Anonymous e que nada é Anonymous.

Hugo Chávez se submete a cirurgia de emergência

Chavéz se recupera de cirurgia para retirada de abscesso
Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez uma cirurgia em Cuba na sexta-feira para tratar de um abscesso pélvico. Segundo informações do ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, Chávez apresentava boas condições após a cirurgia e deve retornar a Caracas dentro de "poucos dias". Após um exame revelar a descoberta do abscesso, o presidente venezuelano decidiu passar pelo procedimento cirúrgico corretivo imediatamente.

A cirurgia, que ocorreu em Havana, teve um resultado satisfatório e o líder venezuelano iniciou um processo de recuperação, disse o ministro, que afirmou ainda que o presidente cubano Raul Castro e seu irmão Fidel deram a Chávez um "apoio inestimável" durante seu tratamento médico.

Chávez machucou o joelho no mês passado, o que o levou a postergar viagens que faria para o Brasil, Equador e Cuba. Maduro afirmou que a viagem para Cuba, onde Chávez chegou na quarta-feira, agravou suas condições, o que motivou a cirurgia pélvica. A TV estatal cubana afirmou que ele se encontrou com os irmãos Raul e Fidel Castro.
 Chavéz se recupera de cirurgia para retirada de abscesso

Primeiro-ministro inglês chama a eleição da Fifa de "farsa"

Primeiro-ministro foi firme nas críticas à Fifa e pediu uma reforma imediata na entidadeA relação da Inglaterra com a Fifa está estremecida desde que surgiram as denúncias sobre corrupção nas eleições da entidade para as sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022. Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro inglês, David Cameron, resolveu opinar sobre o assunto e não poupou críticas ao órgão máximo do futebol mundial. Para o governante, a reeleição de Joseph Blatter como candidato único foi uma "farsa" ocorrida em meio a uma grande crise de credibilidade.

AFPPrimeiro-ministro foi firme nas críticas à Fifa e pediu uma reforma imediata na entidade
"A reputação da Fifa é a mais baixa de todos os tempos e obviamente uma eleição com apenas um candidato não é nada além de uma farsa. É preciso ser mais transparente e responsável" pediu Cameron, em declaração dada em discurso no parlamento britânico.

A reeleição de Joseph Blatter, que permanecerá no comando da Fifa até 2015, ocorreu após diversas acusações de corrupção feitas pelos ingleses aos membros do comitê executivo da entidade, que é responsável por eleger as sedes do Mundial. Segundo David Triesman, ex-presidente da Associação de Futebol da Inglaterra, alguns dirigentes, entre eles o brasileiro Ricardo Teixeira, teriam pedido propina para votar na candidatura inglesa para o Mundial de 2018.

Apesar de prometer investigar as denúncias, a Fifa isentou Blatter de qualquer suspeita e optou pelo afastamento do catariano Mohammed Bin Hamman, então candidato à presidência da entidade, que também está envolvido nas denúncias de compra de voto. Dessa forma, o atual presidente ficou sem concorrentes no pleito do último dia 1º de junho.

* Fonte: gazetaesportiva.net

Contran proíbe instalação de farol de xênon farois azul


A instalação de faróis de xênon --gás xenônio-- em veículos foi proibida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) em todo o país. A resolução 384 foi publicada na terça-feira (7) no Diário Oficial da União.
Segundo o Contran, a proibição das potentes lâmpadas de xênon --iluminam até três vezes mais que faróis normais-- foi implantada por um quesito de segurança: a luz forte pode ofuscar a visão dos motoristas e causar acidentes.
A resolução permite a substituição dos faróis de xênon em veículos que possuem os modelos em seus projetos originais. Os carros novos fabricados antes da norma também estão liberados.
O dispositivo chegou a ser proibido pelo Contran em 2009, mas foi liberado após regulamentação que estabelece limites de intensidade de luz.
Os kits de farol de xênon podem custar até R$ 2.000, dependendo do grau de iluminação. O dispositivo virou moda entre os amantes de carros tunados pelo aspecto estético. A instalação irregular do modelo resulta em multa de R$ 127,69 e cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Acessórios
De acordo com o Contran, a colocação de adesivos, pinturas, películas ou qualquer outro material nos dispositivos de iluminação de veículos --conhecidas como máscaras-- também foi proibida na terça.
UOL